No primeiro semestre de 2022 mais de 380 mulheres da Associação Paulista Sudeste decidiram se juntar ao projeto Mulheres em Missão por meio de uma cerimônia de investidura.
O Mulheres em Missão existe para evangelizar, porém, para que isso seja possível, é necessário que exista uma rede de apoio entre mulheres que desejam ser instrumento de salvação. Seja nas associações ou nos distritos, as líderes são as responsáveis por guiar as demais missionárias em seus esforços e é graças a essa estrutura que o Ministério da Mulher tem crescido a cada dia.
Em toda a União Central Brasileira, iniciativas deste mistério se tornaram evidentes durante a Semana de Evangelismo “Jesus Restaurador da Vida”. Mais do que importante, a união entre todos os campos do estado de São Paulo se mostrou extremamente necessária para que o objetivo de alcançar pessoas se tornasse real.
Ao longo do primeiro semestre de 2022, muitas mulheres decidiram participar da missão de forma ativa e, ao escolher o Mulheres em Missão como meio de ser útil para a obra divina, cada uma das voluntárias recebeu a oportunidade de passar pela cerimônia de investidura.
A cerimônia do lenço é um marco importante na caminhada espiritual das mulheres que desejam fazer parte do ministério e é por isso que tudo precisa ter um significado. O lenço simboliza a presença do Espírito Santo na vida de cada missionária, assim como o arganel representa o compromisso com a missão, até mesmo a cor do lenço foi escolhida em memória do sangue de Jesus derramado na cruz do calvário.
Um chamado para a Missão
É possível encontrar centenas de histórias inspiradoras em cada associação. Na Associação Paulista Sudeste, por exemplo, mais de 380 mulheres foram investidas apenas no primeiro semestre de 2022, mostrando o impacto do Mulheres em Missão. Mas é claro que nada disso seria possível sem o empenho de missionárias que dedicam seus dons e talentos a Deus.
Kézia Fernandes, líder MM na APSE, explica que ao longo do ano as voluntárias participaram de vários treinamentos que aconteceram em parceria com o departamento de evangelismo da própria associação, tendo sempre como foco os estudos bíblicos. “O objetivo é alcançar mulheres adventistas a se comprometer com a missão e assim animar outras mulheres para desenvolver o trabalho”, explica a líder.
É desta forma, contando com mulheres para evangelizar outras mulheres, que o ministério Mulheres em Missão pretende abreviar a volta de Jesus, porém o processo pode conter diferentes desafios para líderes e voluntárias.
Vidas transformadas
Assumindo pela primeira vez a responsabilidade de liderar o Ministérios da Mulher em Mongaguá, Miriam dos Santos conta que é necessário criar uma equipe para ter sucesso. A líder explica: “Primeiro procurei conquistar a confiança das mulheres, chamando individualmente para conhecer os projetos, mostrando as possibilidades de atuação. Comecei desafiando elas a procurarem descobrir quais são seus dons e talentos”.
Por ter entendido plenamente que a essência do ministério é a construção de relacionamentos sólidos, Miriam organizou chás e encontros que possibilitaram maior contato entre as mulheres envolvidas com o Mulheres em Missão. Aproveitando o próprio desafio que fez às mulheres, de usar seu dom para servir a Deus, Miriam decidiu também usar a sua profissão de psicóloga como forma de evangelismo através de um projeto de terapia em grupo chamado Reencontro.
De acordo com a psicóloga, o Mulheres em Missão pode transformar mulheres de dentro para fora e também de fora para dentro. “[De dentro para fora,] cresço como mulher, me descubro e me valorizo, e assim posso ser luz e benção na vida de outras mulheres. De fora para dentro, através de meu testemunho e de meu comportamento pode influenciar outras mulheres a se entregarem a Jesus”, explica.
Foi por meio de uma das programações organizadas pela Miriam que Abigail Silva encontrou Jesus. O projeto Ester, que acontecia todas às terças-feira, já estava na rotina de uma das vizinhas de Abigail e foi justamente a curiosidade que a fez pedir que a vizinha, que também é membro da igreja, a levasse junto da próxima vez que o encontro acontecesse.
Miriam relembra: “E daí em diante [Abigail] começou a frequentar o grupo de terapia, o Ester e os cultos. Está também recebendo estudos bíblicos. Quando percebi que seria um bom momento, fizemos o apelo pelo batismo, e ela aceitou”. No dia 8 de julho Abigail foi batizada.
Ao contar do sentimento de se entregar a Cristo Abigail descreve: “É incrível, muito, muito bom! Eu estou muito feliz. Eu me sinto viva, me sinto leve. Parece que eu nunca tive problemas, de tão tranquila que é a vida que eu estou levando”. Abigail também conta que continua recebendo estudos bíblicos mesmo após o batismo pois deseja continuar aprendendo sobre a Bíblia.