A última páscoa

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Imagem: Freepik

Os filhos de Israel celebraram a primeira Páscoa no dia em que foram libertos da escravidão no Egito. Deus lhes prometera libertação. Disse-lhes que o primogênito de cada família egípcia seria morto. Ordenara-lhes que marcassem as ombreiras da porta com o sangue de um cordeiro para que, quando o anjo exterminador estivesse fazendo seu trabalho, passasse por alto a habitação dos hebreus.

Deveriam assar aquele mesmo cordeiro e comê-lo à noite com pães asmos e ervas amargas que representavam a amargura da escravidão. Ao comer a carne do animal, deveriam estar prontos para a jornada, tendo os pés calçados e o cajado na mão.

Fizeram como o Senhor lhes instruíra e, naquela mesma noite, o rei do Egito ordenou-lhes que deixassem o país. Pela manhã, iniciaram a viagem rumo à terra prometida. Desde aquele dia, os israelitas costumavam celebrar a Páscoa todos os anos, em memória daquela noite em que foram libertados do jugo da servidão.

Agora o povo se congregava em Jerusalém para comemorar o evento. Cada família preparava um cordeiro que comiam acompanhado de ervas amargas, como seus antepassados no Egito, e contavam aos filhos como Deus fora misericordioso com eles, libertando-os da escravidão.

Chegara o tempo em que Jesus devia comemorar a festividade com Seus discípulos e pediu a Pedro e a João que encontrassem um lugar e preparassem a ceia da Páscoa. Centenas de pessoas vinham a Jerusalém para a celebração e os habitantes da cidade se dispunham a ceder um cômodo da casa para os visitantes fazerem sua celebração.

O Salvador dissera a Pedro e a João que ao saírem pelas ruas encontrariam um homem com um cântaro de água. Deveriam então segui-lo até a casa em que entrasse e dizer ao dono da casa: “O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a Páscoa com os Meus discípulos?” Lucas 22:11.

Esse homem deveria então mostrar-lhes uma sala espaçosa no andar superior da casa, provida com tudo de que precisavam e ali deveriam preparar a ceia pascal. Tudo aconteceu conforme Jesus havia dito.

Na hora da ceia, os discípulos estavam a sós com Jesus. O tempo que haviam passado em companhia do Mestre, nessas festas, havia sido sempre uma ocasião de grande alegria; agora, porém, Jesus estava com o espírito atribulado.

Finalmente, disse-lhes com a voz embargada pela tristeza:

“Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do Meu sofrimento.” Lucas 22:15. VJ 72.9

Tomando da mesa um cálice de vinho não fermentado, disse:

“Recebei e reparti entre vós; pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus.” Lucas 22:17, 18.

Era a última vez que Jesus celebrava a Páscoa com Seus discípulos. Era também a última Páscoa que devia ser celebrada na Terra, porque o sacrifício do cordeiro deveria ensinar às pessoas que um dia Cristo, o Cordeiro de Deus, viria para morrer pelos pecados do mundo. Assim, com Sua morte, não haveria mais necessidade de imolar o cordeiro quando Seu sacrifício estivesse consumado.

Páscoa: uma lembrança do amor divino

Quantas vezes escutamos essa história em nossas igrejas, não é? De fato, assistimos encenações, cantadas, participamos de ações de evangelismo e de reuniões em pequenos grupos, ainda sim corremos o risco de perdermos a sensibilidade diante de um momento tão sensível da caminhada de Cristo.

O que você leu anteriormente é um trecho do livro Vida de Jesus, escrito por Ellen White, e relata alguns dos momentos vividos antes da cruz. É fácil perceber que os discípulos não entendiam que se tratava da última páscoa, e não apenas a última páscoa que celebrariam com Jesus, mas o sacrifício final – o único suficiente para redimir toda a humanidade.

Hoje, pense em como você tem vivido seu dia a dia. Algumas decisões e mudanças não podem esperar “o momento ideal”, o melhor momento para escolher viver por Cristo é agora. Nesta páscoa, viva a mensagem de salvação junto à sua família. Fale do amor de Deus aos seus filhos e se una ao seu marido para levar a todos que os acompanham para junto da cruz. Uma família disposta a viver o evangelho aqui na Terra, poderá aproveitar a eternidade aos pés de Jesus.

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