Quem é você no meio da multidão?

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Mulher orando na igreja

Rane Guimarães – Teóloga

Você já parou para se perguntar quem é você no meio da multidão que segue a Jesus?
Seria você uma mãe desesperada em busca da cura de um(a) filho(a)? Ou uma mulher sobrecarregada pelos pensamentos que tentam justificar uma longa vida de desprezo, desejando apenas um toque do incomparavél mestre para aliviar os longínguos anos de sofrimento? Talvez não, provavelmente você queira se identificar com aqueles que seguem Jesus fielmente apesar de não compreender 100% suas ações, mas que compartilham de sua missão.

A questão é que independentemente da sua condição você se encontra no meio da multidão! Mas a pergunta que realmente fica é o que diferencia aqueles que seguem daqueles que perseguem a Cristo Jesus?

Normalmente a ideia de perseguir a Jesus passa longe de nossos pensamentos, porém por vezes somos aqueles que ao reconhecê-lo caminhando próximo aos nossos vales jogamos a seus pés nossas cargas de enfermidades, rogamos e até suplicamos por um toque (Mc 6:53-56), mas quando Ele nos oferece a eternidade nos pedindo mais do que apenas tais cargas de enfermidades preferimos a cura ao invés do milagre! (Mc 6:5).

Podemos estar ali e até realizarmos coisas concernente ao reino, mas sem pertencer ao mesmo e então somos perseguidores no meio de seguidores! Seguidores estes que “pagaram” um preço, coloco aspas porque tudo que comparado a Cristo é visto como esterco, mas tais seguidores ousaram “deixar, casa, mulher, irmãos, pais e filhos” (Lc 18:29) escolheram deixar tudo em busca de viver o céu na terra e acredito que semelhantemente você tem vivido com o mesmo princípio abnegado que foi plantado e semeado a cada palavra e a cada milagre observado!

O propósito da existência

Uma vida de experiências ao lado de Cristo nos motiva a olhar além da dor, nos possibilitando enxergar vida mesmo quando há morte, sendo Ele o Deus que de uma terra sem forma e vazia deu lugar a vida e com imponente autoridade sobre principados e potestades é que Ele nos envia! Nos envia para nascermos como flores no deserto das dificuldades e como rosas nas rochas da incredulidade!

Com este propósito Cristo enviou aqueles que conhecermos como discípulos de dois em dois, irmão com irmão, amigo com amigo e ambas as duplas caminharam rumo a missão, porém em suas mentes e em seus corações deveriam preservar as divinas Instruções: Nada levem acreditando ser isto de grande auxílio, pois Deus não requer suas habilidades ele espera sua disponibilidade em ser um agente do milagre, ordenando-lhes o mestre dizendo para que “nada levassem para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro; que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas.”(Mc 6:8‭-‬9 ARA).grac

No livro de Mateus Jesus se faz enfático ao dizer “Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.”(Mt 10:9‭-‬10 ARA) , Jesus é claro ao dizer a seus seguidores, não são suas habilidades, não são suas ferramentas, não é a tua condição que condiciona a salvação que você tanto prega! “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2:8‭-‬9 ARA).

Não sejam como o moço de Eliseu que sendo um dos agentes do milagre julgou ser digno de um trabalho que não era seu, tomando o lugar de Deus, sendo assim acometido pela lepra que julgou ter autoridade, pois digno é o trabalhador de seu trabalho!

Quando buscamos o sentido mediante o contexto da palavra “digno” vemos que outras passagens a empregam de forma semelhante como é o caso de 1 Timóteo 5:18, “… o trabalhador é digno de seu salário”, vemos também Eclesiastes 3:13 ao dizer: “e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho.” O mesmo princípio é empregado onde a dignidade de desfrutar de seu trabalho é párea ao dom de Deus, logo a recompensa de meu trabalho é uma provisão.

 

Foto: jcomp no Freepik.

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