O perigo da mornidão

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Um texto para você, e não somente para a pessoa que você pensou agora. Estamos juntas nesse propósito.

Imagem: Freepik

Hoje, precisamos conversar sobre um tema crucial que pode influenciar profundamente o destino da sua vida: a mornidão espiritual. O nosso objetivo é evitar clichês ou superficialidades, proporcionando uma reflexão séria sobre como não cair na armadilha de uma fé morna, que, embora presente, perde vitalidade e significado.

É comum se acostumar à rotina da vida cristã, cumprir rituais e práticas sem que isso, de fato, toque os corações. A seguir, você lerá um breve relato de situações que inúmeras mulheres adventistas já  experimentaram. Portanto, se este é o seu caso, não se desespere: temos algo para lhe dizer.

Uma situação (não muito) fictícia

Aos sábados, a família vai à igreja; após o culto, as crianças convidam seus amigos para brincar na sua casa, e depois de muita insistência você finalmente cede; o almoço é feito às pressas e suas mãos estão ocupadas com as panelas enquanto uma pequena faísca se torna uma discussão sobre cansaço e sobrecarga.

Depois de comer, as crianças são convocadas para uma breve reunião com direito à ordens diretas sobre silêncio para que você e seu esposo possam descansar durante a tarde. O silêncio dura pouco e você não consegue relaxar antes que o despertador anuncie mais um compromisso na igreja. Às 18h, a semana recomeça e tudo o que envolve a sua fé é colocado em uma caixa que somente será aberta na próxima sexta-feira à noite.

Quando surge a mornidão

Sendo esta a sua realidade ou não, é fato que muitos lares já se acostumaram com essa rotina. Uma religião automática, sem reflexão, dúvidas ou aprendizado. Mais do mesmo a cada sábado. Em nossa vida, a mornidão se instala quando a paixão inicial se transforma em formalidade, quando a oração é feita sem fervor, a leitura da Palavra é realizada sem anseio por compreensão e a adoração se torna mecânica.

O perigo da mornidão reside na complacência, na satisfação com o mínimo, enquanto Deus nos convida a experimentar o máximo de Sua presença e amor. Se relacionar com Cristo não se trata de seguir regras religiosas estritas, mas de cultivar uma relação autêntica e vibrante com o Criador, quando a obediência se torna uma mera consequência da fidelidade.

O perigo não está na rotina

Para escapar dessa armadilha, é crucial reconhecer que a mornidão é um inimigo sorrateiro, que se infiltra gradativamente na vida espiritual. A oração torna-se um hábito vazio, a leitura da Bíblia perde seu impacto e a adoração transforma-se em uma formalidade desprovida de significado.

É importante lembrar, porém, que o perigo não está em ter uma rotina de estudo da Bíblia, muito menos nos compromissos religiosos, mas em nossa tendência de transformar a fé um checklist a ser preenchido.

A rotina existe para organizar nossas atividades e a liturgia não pode ser esvaziada de seus significados. Caso isso aconteça, nos colocamos no perigo de considerar o culto-pôr-do-sol, a devolução dos dízimos e até a adoração em comunidade, meras formalidades.

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Desperte agora!

O nosso objetivo é desafiar a mornidão, buscando a profundidade espiritual, mergulhando na Palavra com fome de compreensão e renovando a paixão na relação com Deus. Não se trata de realizar grandes feitos a todo momento, mas de buscar a presença de Deus com sinceridade e autenticidade.

A vida cristã não foi destinada a ser monótona. As mulheres são chamadas a viver uma fé rica em significado, dinâmica e profunda. Portanto, convidamos a todas a romperem com a mornidão, a buscarem a Deus de coração aberto e a descobrirem a alegria renovada que Ele reserva para cada uma. Afinal, a vida com Deus é uma jornada extraordinária, e a mornidão não tem lugar nesse caminho desafiador e recompensador.

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